domingo, 2 de outubro de 2011

A ROMANA, Alberto Moravia


Romance, 1947, 410 páginas (Nova Cultural, 1987). Para quem não ainda não é iniciado no autor, chama a atenção a tradução feita por Marina Colasanti para esta publicação da Nova Cultural. Adriana, jovem, bonita, generosa e inocente, vive de forma paupérrima com a mãe, costureira, na periferia da Roma fascista (anos quarenta, subentende-se). Cercada de miséria e privações, a bela Adriana é praticamente induzida pela mãe e por uma colega de trabalho ao mundo da prostituição -que passa a praticar sem muita resistência, na esperança de livrar-se dos problemas financeiros e proporcionar à mãe uma vida melhor. Apesar de sua vida na marginalidade, Adriana não abandona seu sonho de encontrar um homem que ame, casar-se e ter filhos. Dos vários amantes que amelhoa nesta nova profissão, destacam-se Mino, estudante por quem ela se apaixona, Sonzogno, criminoso perseguido pela Justiça, e Astarita, oficial da Polícia Política do Governo. Narrado em primeira pessoa através de um estilo impecável e uma capacidade incrível de alinhamento da trama, o livro leva o leitor a um final surpreendente e emocionante, onde o destino dos principais personagens se entrelaça e ganha tons de drama e tragédia. Leitura recomendadíssima.

1 comentário:

  1. Bom Dia, obrigado pela sua visita ao "Estante Acidental". Parece-me que fazemos ambos mais ou menos o mesmo, sugerimos leituras.
    Gosto do seu blogue,
    Voltarei,
    Abraço desde Guimarães, Portugal,
    Ricardo

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